Introdução: A prevenção e o diagnóstico precoce são as ferramentas ideais para reduzir as infecções cérvico-vaginais e a morbi-mortalidade decorrente do câncer do colo uterino, já que este representa a segunda causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, superado apenas pelo câncer de mama. Objetivos: Este estudo teve o objetivo de verificar o perfil citológico e microbiológico, detectado através da coloração de Papanicolaou, em mulheres atendidas em consultórios médicos nas cidades de Patos, Pombal e Catolé do Rocha no estado da Paraíba. Metodologia: Foram coletadas 1514 amostras de raspado cérvico-vaginal de pacientes com idade entre 13 e 87 anos que compareceram para o exame de rotina ou que apresentavam alguma patologia. Resultados e Conclusões: Os microrganismos mais prevalentes foram Lactobacilos sp. com 594 casos (39,2%), 230 (15,1%) Gardnerella sp./Mobiluncus sp., 116 (7,66%) Cândida sp., 486 (32,1%) cocos, 575 (37,9%) Bacilos, 4 (0,2%) Leptothrix, 2 (0,1%) Trichomonas Vaginalis e 73 (4,81%) flora não visualizada. Também foi verificado o padrão das lesões intraepiteliais escamosas detectadas nestes exames citológicos, sendo que, 93,15% apresentaram resultados citológicos negativos para lesão intraepitelial escamosa e malignidade, 33 (2,18%) foram classificados como células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US), 56 (3,69%) lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL), 12 (0,79%) Lesão intraepitelial escamosa não excluindo lesão de alto grau (ASC-H), 2 (0,13) Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) e um caso (0,06%) Carcinoma de células escamosas. Foi observado um elevado índice de ASC-US onde estudos mostram que a regra para a citologia convencional é 1 Atipia de células escamosas (ASC) para cada 4 Lesão Intraepitelial (LIE) (1:4). Para tanto, destaca-se a importância da qualidade na colheita do raspado Cérvico vaginal para a amostra ser considerada representativa para análise microscópica.