Introdução: O envelhecimento humano é tema de debate no mundo, numa tentativa de encontrar estratégias para que esta população tenha autonomia para gerir suas atividades funcionais diárias, e com isso ter efetivamente à melhoria da qualidade de vida. Objetivo: Analisar os níveis de autonomia para o desempenho nas atividades da vida diária (AVD´s) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD´s) entre acolhidos de uma instituição de amparo ao idoso. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com uma abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 29 idosos de ambos os sexos, com idades entre 60 a 87 anos (75,1±7,6 anos), sendo 15 mulheres e 14 homens, acolhidos no lar “Vila Vicentina” em João Pessoa. As variáveis que foram incluídas na coleta dos dados foram: gênero, AVD´s e AIVD´s, tendo sido utilizados como instrumentos a escala de AVD´s de Katz (1963) e a escala de AIVD´s proposta por Lawton (1969). A análise dos dados utilizou o método descritivo por meio da análise da distribuição de frequências, tendo sido utilizado o software SPSS versão 20.0 for Windows®. Resultados: Na análise das AVD´s 75,9% apresentaram independência total, com apenas 10,3% estando em nível de dependência total. Os níveis de autonomia nas AVD´s seguiu a seguinte ordem: alimentação (100,0%), transferência (90,0%), continência (89,7%), vestuário (86,2%), higiene pessoal (82,8%) e banho (79,3%). Em relação às AIVD´s evidenciou-se que 62,1% possuem dependência total e 37,9% dependência parcial, tendo o gênero feminino apresentado mais dependência total (80,0%). Quando analisado os melhores índices de AIVD´s, constatou-se a seguinte distribuição: uso de telefone (52,0%), compras (41,4%), viagens (38,0%), administração do dinheiro (31,0%), medicações (27,6%), preparo de refeições (20,7%) e trabalho doméstico (6,9%). Conclusão: Um elevado percentual demonstrou uma aptidão de independência total nas AVD´s, tendo sido observado um baixo grau de debilidade e dependência total nessas atividades. Fato contrário foi observado nos níveis de AIVD´s que expressaram uma elevada prevalência de idosos com dependência total ou parcial, com os melhores índices tendo seguindo a seguinte ordem: uso de telefone, realização de compras, viagens, administração do dinheiro, uso de medicações, preparo de refeições e trabalho doméstico.