Introdução: A influência familiar vem sendo vista como importante causa para o uso de álcool pelos adolescentes. Pesquisas que vêm sido feitas em diversos países, incluindo o Brasil, demonstram que componentes do universo familiar, como boas condutas, imposições de limites e orientações são fatores que conduzem o adolescente ao consumo de álcool. Assim, pode-se inferir que pais com boas condutas e não usuários de substâncias psicoativas possuem uma menor probabilidade de seus filhos se tornarem usurários, em contraponto com o percentual de filhos de usuários e dependentes na mesma droga. Objetivo: Analisar a influência da família no envolvimento do consumo do álcool entre estudantes secundaristas de uma escola pública em Campina Grande–PB. Metodologia: Trata-se de pesquisa quantitativa descritiva realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Elpídio de Almeida do município de Campina Grande – PB durante o mês de agosto de 2013 a fevereiro de 2014. Foram sujeitos 196 secundaristas regularmente matriculados no 1º ano do Ensino Médio no turno manhã, e com idades entre 15 a 18 anos. A coleta de dados se deu através de questionários com respostas de múltiplas escolhas sobre o tema. Resultados: No que tange a informação dos pais saberem do uso de bebidas alcoólicas pelos secundaristas, constatou-se que do total estudado 61% não faziam uso de bebidas alcoólicas, enquanto 15% da totalidade pesquisada faziam uso e os pais sabiam do fato, e, 24 % integram os que usam e os pais não sabem. Quanto ao uso de bebidas pelos pais 35, 58 e 7 % dos entrevistados responderam que nenhum dos pais consumia álcool, ambos bebiam e apenas o pai consumia bebida alcoólica, respectivamente. Na arguição, se os pais beberam alguma bebida alcoólica nos últimos sete dias, 68% afirmaram que nenhum dos seus progenitores bebeu, 17% afirmaram que o período foi de 1 a 2 dias, 1% afirmaram que de 5 a 6 dias houve consumo de bebida de parte de seus progenitores e 3% confirmaram o uso de bebidas por pais durante os últimos sete dias. Sobre o uso de bebidas alcoólicas por parte dos pais na presença dos filhos avaliados nos últimos 7 dias ,78% atestaram que em nenhum dia houve o uso em suas presenças, 11% afirmaram que houve consumo entre 1 a 2 dias antes da entrevista, 8% dos genitores dos entrevistados o consumo foi entre 3 a 4 dias, 2% de 5 a 6 dias e 1% o consumo presencial foi feito nos últimos 7 dias. Conclusão: Conclui-se que a quantidade de estudantes consumidores de álcool e omitem aos pais é maior dos que bebem e os pais sabem. Possivelmente, a constatação ateste a omissão de diálogo dos pais no relacionamento em si e na incumbência de educar dos genitores. O consumo de álcool pelos genitores, acrescido do ato ser na presença dos filhos provavelmente contribua para o consumo por parte dos adolescentes secundaristas. Faz-se necessário o fortalecimento da parceria escola/família na tentativa de minimizar os prováveis problemas na utilização do álcool.