ResumoIntrodução: As Cirurgias cardíacas são procedimentos ainda amplamente utilizados em todo mundo para tratamento de tal grupo de pacientes e as taxas de complicações pós-operatórias (PO) a elas relacionadas permanecem expressivas, despontando entre elas, as complicações pulmonares. As alterações funcionais pulmonares identificadas nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica dependem de vários fatores, como a função pulmonar pré-operatória, as co-morbidades associadas (obesidade, tabagismo, sedentarismo, idade), o tipo e o tempo de cirurgia, a necessidade ou não e o tempo de utilização da circulação extracorpórea, a intensidade da manipulação cirúrgica e a presença de drenos pleurais. Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca desenvolvem, em sua maioria, disfunção pulmonar PO com redução importante dos volumes pulmonares, prejuízos na mecânica respiratória, diminuição na complacência pulmonar e aumento do trabalho respiratório. Objetivo: Este estudo teve como objetivo atualizar e aprimorar os conhecimentos em relação à atuação da Fisioterapia respiratória no pré e pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio, com ênfase na prevenção de complicações pulmonares. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, cujos descritores foram fisioterapia respiratória revascularização miocárdica, exercícios respiratórios e complicações pós-operatórias, contidas nas seguintes fontes de dados: Medline, SciELOBrazil, PubMed e LILACS, de 1997 até 2011. A busca do material bibliográfico foi realizada no mês de novembro. Como critérios de exclusão dos textos foram descartados as referências nas quais a fisioterapia respiratória era utilizada em qualquer outra que não fosse à cirurgia de revascularização do miocárdio. Resultados e discussão: A fisioterapia respiratória é parte integrante na gestão dos cuidados do paciente cardiopata, tanto no pré quanto no pós-operatório, pois contribui significativamente para melhor prognóstico desses pacientes, atuando no pré-operatório, com técnicas que visam à prevenção das complicações pulmonares, e no pós-operatório, com manobras de higiene e reexpansão pulmonar. A fisioterapia pré-operatória em cirurgias cardiovasculares inclui a avaliação, educação de procedimentos que serão realizados, a relação que esses têm com a capacidade respiratória, podendo auxiliar na recuperação do paciente; e ainda, verificar os riscos de possíveis complicações respiratórias, estabelecendo as principais condutas no pós-operatório. Alguns recursos podem ser utilizados para realizar a fisioterapia respiratória no pós-operatório de cirurgia cardíaca, tais como manobras fisioterapêuticas, pressão positiva contínua, pressão aérea positiva de dois níveis, pressão expiratória, respiração intermitente com pressão positiva e incentivador respiratório, que são seguros, fáceis de aplicar e podem ser utilizados durante todo período pós-operatório. Existem diferenças técnicas entre esses recursos, pois cada um tem uma ação específica para a recuperação da função pulmonar e da mecânica respiratória. A fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais requisitada, já que utiliza técnicas capazes de melhorar a mecânica respiratória, a reexpansão pulmonar e a higiene brônquica. Os pacientes instruídos no pré-operatório estão melhor preparados para colaborar com as necessidades do tratamento pós-operatório. Conclusão: Assim, a fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais requisitada, já que a mesma utiliza técnicas capazes de melhorar a mecânica respiratória, a reexpansão pulmonar e a higiene brônquica. Portanto, a fisioterapia no período pós-operatório contribui muito para a ventilação adequada, favorecendo a recuperação da função pulmonar dos pacientes.