INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida como uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial, que em valores ocorre quando estão maiores ou igual a 140/90 mmHg. OBJETIVOS: Quantificar e comparar a incidência de hipertensos entre homens e mulheres cadastrados no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos, o HIPERDIA, nas cidades de Juazeiro do Norte/CE e Barro/CE no período de 2010 a 2012. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa da incidência de hipertensos cadastrados no programa HIPERDIA. Os dados foram obtidos através do acesso ao site <www.datasus.gov.br> no DATASUS, na seção informações de saúde epidemiológicas e morbidade na sessão HIPERDIA, para o local estudado. Os cálculos de percentuais relativos à população afetada em cada cidade foram calculados de acordo com o número de pacientes cadastrados no HIPERDIA e o número de habitantes residentes em cada cidade, a fim de estabelecer a representatividade da incidência de HAS da população. RESULTADOS: A incidência de hipertensão arterial na população de Juazeiro do Norte foi maior nas mulheres quando comparado aos homens, sendo que, no ano de 2010 foram cadastrados 157 mulheres (0,06%) e 55 homens (0,02%), no ano de 2011 foram cadastrados 363 (0,15%) mulheres e 140 homens (0,06%) e no ano de 2012 foram cadastrados 689 mulheres (0,28%) e 256 homens (0,10%). No Barro, quando comparado ao Juazeiro do Norte no mesmo período, houve uma maior população cadastrada para ambos os sexos, porém, com um destaque maior para o gênero feminino, sendo os seguintes dados obtidos: no ano de 2010 foram cadastrados 210 mulheres (0,98%) e 68 homens (0,32%), no ano de 2011 foram cadastrados 248 (1,15%) mulheres e 108 homens (0,50%) e no ano de 2012 foram cadastrados 223 mulheres (1,04%) e 107 homens (0,50%). CONCLUSÃO: Assim, a hipertensão arterial sistêmica foi mais incidente nas mulheres em ambas as cidades, porém, destacando-se a cidade do Barro nos três anos avaliados. Logo, embora haja políticas públicas que deveriam contemplar a todos, a partir deste trabalho, o enfoque deveria ser para o subgrupo que esteja em mais necessidades de controle da pressão arterial.