INTRODUÇÃO: As ações de promoção e educação em saúde procuram intervir nas condições de vida das pessoas, auxiliando no processo de tomada de decisão em direção à qualidade de vida e à saúde, tendo como foco ações que distanciam ou evitem a doença. No entanto, para que as intervenções obtenham êxito, é imprescindível a construção conjunta do conhecimento por meio da estimulação do pensamento crítico e da autonomia dos sujeitos, onde cada indivíduo poderá adequar as informações recebidas a sua realidade, necessidades, interesses e conhecimentos anteriores. OBJETIVO: Quis-se, através de atividades dinâmicas, coordenadas realizadas por acadêmicos do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí - UFPI, campus Picos, promover a saúde de estudantes do curso de Nutrição do referido campus. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência que aborda a realização de atividades promotoras da saúde, por meio da construção do conhecimento e formulação do pensamento crítico a respeito das seguintes temáticas: sexualidade e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). O material analisado foi obtido, principalmente, nos meses de junho a agosto de 2013, durante as atividades de extensão do Grupo de Pesquisa de Saúde em Coletiva, linha Saúde do Adulto e do Idoso, Doenças Crônicas e Saúde Mental. As atividades foram desenvolvidas com os acadêmicos do primeiro período do curso Bacharelado em Nutrição, tal população foi escolhida pelo fato de que, por serem estudantes da área da saúde, receberam até o momento o mínimo de informações curriculares a respeito do estilo de vida saudável. Os encontros foram organizados de forma que fossem elencados os principais pontos de cada tema, relacionando-os com o estilo de vida acadêmico aos conhecimentos anteriores. RESULTADOS: De uma forma geral, abordar a temática apresenta uma carga maior de dificuldade, o que, pode-se observar com certa clareza nas intervenções, evidenciada pela dificuldade de expressão, pelo preconceito, porém, com o decorrer da atividade todos puderam participar de forma ativa, onde as duvidas foram esclarecidas e novos conhecimentos adquiridos. Sobre sexualidade, ficou evidente que o tema está muito associado à prática sexual exclusiva. Outro aspecto visualizado foi que os estudantes possuíam um conhecimento adequado sobre os assuntos abordados e enfatizaram aspectos que referenciassem a prevenção de DSTs e gravidez não planejada. CONCLUSÃO: A Universidade deve servir como foco de disseminação de saberes, cultura e valores, não apenas para o universo acadêmico, mas também para a população em geral. Assim, a implementação de práticas educativas para saúde, devem ser cada vez mais incentivadas em universidades, de modo que promovam, não só o repasse de conhecimentos, mas também a reflexão e a conscientização crítica dos atores e da comunidade, secundariamente, objetivando-se o desenvolvimento de uma ação efetiva na modificação da realidade.