Introdução: O processo de envelhecimento da população vem sendo ultimamente discutido e apresentado com destaque para toda sociedade civil, organizações governamentais e profissionais da área, em virtude do vertiginoso crescimento do número de idosos. Segundo Nahas (2010) o processo de envelhecimento é uma ação biológica natural, gradual, universal e irreversível, que pode ser acelerado ou desacelerado por múltiplos fatores ambientais e comportamentais, mas que não pode ser revertido. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que em 2010, as pessoas com 60 anos ou mais, alcançaram 20 milhões, correspondendo a 10,8% da população total do país. As condições de vida e principalmente uma medicina avançada contribuem consideravelmente para esta estatística. Por isso, é relevante suscitar uma indagação a respeito da subjetividade, muitas vezes desconsiderada, daqueles que hoje vivem o processo de envelhecimento, pois muitas delas não se dão conta da transformação que perpassa sua vida, e quando isso acontece muitas vezes ocorre um sentimento de rejeição. Objetivos: Oferecer uma melhor qualidade de vida através de reflexões acerca do conceito de envelhecimento ativo com novas atitudes e mudanças de hábitos e estimular discussões que desmistifiquem o preconceito construído pela sociedade e pela própria pessoa idosa em torno do processo de envelhecimento. Métodos: Adotou-se no presente trabalho o relato de experiência, durante o estágio supervisionado IV no Serviço Social do Comércio - SESC, no município de Campina Grande – PB, junto a grupos de convivência - Nova Vida, Alegria de Renascer e Idade Feliz. Foram utilizadas como instrumentos entrevistas semiestruturadas e observações, objetivando analisar o discurso sobre perspectiva bardaniana. Resultados: Constatou-se a dificuldade que os próprios idosos constroem quanto à aceitação da velhice. De tanto a sociedade remeter a figura do velho a um ser ultrapassado, incapaz, improdutivo é que nos deparamos com indivíduos frustrados, insatisfeitos por chegarem a essa fase da vida que por tantos é temida. Esse sentimento foi percebido nas palavras de uma idosa: “Às vezes eu mesmo me sinto uma inútil, por ouvir tantas vezes as pessoas dizerem, ‘você não pode isso!’, ‘você não pode aquilo!’, acabo aceitando e acreditando”, confirmando a urgência de superar esse despreparo da sociedade, como afirma Duarte (2007), e aqui refletido em comportamentos e opiniões por jovens e adultos, no descaso quanto às necessidades biológicas e estruturantes por parte do Estado. Ressalta-se como sendo de fundamental importância o trabalho em grupo, por proporcionar uma interação inevitável entre os idosos, sendo um essencial canal de socialização. Evidenciou-se a superação do preconceito com “o ser ou estar velho”, pois a participação assídua nas atividades, seja nas dinâmicas, rodas de conversa, atividades físicas, entre outras, acaba provando aos mesmos e a outros que apesar de algumas limitações adquiridas por força do tempo, a sua condição de cidadão, de pessoa ativa permanece. Se os sujeitos envelhecem de maneira autônoma e independente, os problemas típicos dessa fase da vida podem ser minimizados para eles, para suas famílias e para a sociedade (Smethurst e Freitas, 2009).