INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial apresenta crescentes prevalências mundialmente e no Brasil, sendo considerada como o mais importante fator de risco cardiovascular. A sua identificação precoce, em fases da vida como infância e adolescência, constitui-se como uma forma de redução do risco e, consequente, prevenção das doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Verificar a prevalência de pressão arterial elevada entre adolescentes escolares da rede pública de Campina Grande-PB. MÉTODOS: Estudo transversal, quantitativo, realizado entre setembro e novembro/2012 com 99 adolescentes escolares entre 15 e 19 anos da rede pública de ensino. A aferição da pressão arterial foi realizada com aparelhos semi-automáticos OMRON – HEM 742, validados para a população jovem, e caracterizada pelos valores de pressão arterial sistólica e/ou diastólica iguais ou superiores ao percentil 95, para idade, gênero e percentil de estatura, com base nas tabelas específicas para crianças e adolescentes. Além disso, os valores de pressão arterial sistólica e diastólica iguais ou acima de 120 mmHg e/ou 80 mmHg, respectivamente, foram considerados como elevados mesmo para os que tiveram percentil abaixo do 95. Os valores citados foram utilizados para classificar os adolescentes até 17 anos, a partir desta idade considerou-se elevada a pressão sistólica &#8805; 130 mmHg e&#8725;ou pressão diastólica &#8805; 85 mmHg. RESULTADOS: A prevalência de pressão arterial elevada entre os escolares foi de 26%. Houve diferença estatisticamente significante entre os níveis pressóricos elevados e o sexo, encontrando-se 45,7% dos meninos com pressão elevada em detrimento de 12,5% das meninas (p<0,001). A análise da pressão arterial sistólica e diastólica apontou comportamento semelhante em relação ao sexo, sendo alterados 45,7% das pressões sistólicas dos adolescentes e 12,5% das adolescentes (<0,001). Os dados referentes pressão diastólica não apresentaram diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: Foi verificada alta prevalência de pressão arterial elevada, especialmente na avaliação da sistólica, sendo mais prevalente entre adolescentes do sexo masculino.