INTRODUÇÃO: A busca, na biodiversidade, por recursos genéticos e bioquímicos que possam ser transformados ou contenham moléculas bioativas com potencial atividade terapêutica tem sido alvo de intensas investigações há tempos. As ovas de pescado são produtos extremamente valiosos e atualmente em expansão nos mercados internacional e doméstico e são definidos como sendo os ovários dos peixes. Testes pilotos, realizados no, laboratório de microbiologia da Estácio FMJ mostraram que ovas de peixe “in natura” apresentaram um importante efeito antimicrobiano sobre as bactérias E.coli e P. aeruginosa. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi confirmar a atividade antimicrobiana de extratos de ovas de peixe de água doce frente a diferentes cepas ATCC. MÉTODO: Com auxílio de cotonetes esterilizados, a suspensão foi inoculada nas placas de Mueller Hinton. Placas de Petri de 100 mm de diâmetro foram preparadas com 20 mL do meio de Agar Mueller Hinton estéril originando uma camada de meio com cerca de 4 mm de espessura.Após inoculação foram adicionados cinco microlitros da solução do extrato de ovas, na concentração de 50 mg/mL, e as placas foram incubadas a 37ºC por 24 horas. RESULTADOS: O extrato de ovas de peixe teve sua melhor resposta frente a cepas de E.coli e de P. aeruginosa, com diâmetros dos halos de inibição variando de 10 a 22 mm, equivalente a ciprofloxacino (controle), com halos de 14 mm e 26 mm respectivamente. CONCLUSÃO: A E. coli e a Pseudômonas aeruginosa são bactérias oportunistas que estão envolvidas com diversas infecções, dessa forma o extrato de ovas de peixe pode ser, após novos estudos, um promissor antimicrobiano natural.