INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença aguda e febril, ocasionada por um vírus do gênero Flavivirus. Essa enfermidade é transmitida de forma vetorial, por meio da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O mosquito é oportunista e com hábitos doméstico, o que facilita ainda mais a disseminação da doença. A dengue tem uma maior incidência no Nordeste brasileiro durante o período de chuvas. A sintomatologia é dependente do sorotipo do vírus ao qual o paciente foi acometido. Existem dois tipos principais, a dengue clássica caracterizada pela febre alta, cefaleia, cansaço, dores musculares e articulares por todo o corpo e manchas vermelhas pela pele e a dengue hemorrágica caracterizada por fortes dores abdominais e uma diátese hemorrágica com tendência a evolução para a síndrome de choque que leva a óbito. OBJETIVO: A principal finalidade deste trabalho foi investigar a incidência da dengue no estado da Paraíba, nos anos de 2007 a 2010. METODOLOGIA: Este estudo consistiu em uma quantificação da incidência da dengue no estado da Paraíba. Os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravo e Notificação (SINAN), um sistema do governo alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória. A investigação abordou o período de 1 de janeiro de 2007 até 31 de dezembro de 2010, a partir do qual foi gerada a tabulação de dados, seguida da realização das porcentagens com base no número total de casos. RESULTADOS: De acordo com o observado, 25.637 indivíduos foram infectados pela doença. A capital da Paraíba, João Pessoa, foi a que revelou maior número de casos (20,2%). O sexo feminino apresentou maior incidência (58%), assim como a faixa etária de 20 a 39 anos (36,2%). Os valores também foram maiores quanto à zona de residência urbana (81,4%). A dengue clássica foi a forma clínica com maior incidência entre os infectados (53,6%), seguido dos casos inconclusivos (42,64%). Além disso, houve relatos de dengue hemorrágica (0,75%), dengue com complicações (0,27%) e síndrome de choque da dengue (0,035%). CONCLUSÃO: Estes resultados mostram que, apesar dos programas de governo e enfoques de publicidade sobre a doença, a dengue ainda acomete a população paraibana. Diante disso, é necessária a continuidade dos programas de educação com informativos sobre a enfermidade e uma maior atenção da população com o controle do vetor, adotando assim as medidas preventivas.