INTRODUÇÃO: CONSIDERANDO QUE AS PRÁTICAS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE SÃO SOCIALMENTE DETERMINADAS, TRANSFORMANDO E SENDO TRANSFORMADAS, DIALETICAMENTE, PELAS NECESSIDADES DE SAÚDE DOS USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE, COMPREENDER A ATENÇÃO ÀS GESTANTES DE ALTO RISCO PELA ÓTICA DESTES AGENTES PROMOTORES DE SAÚDE PERMITE ELUCIDAR NOSSOS QUESTIONAMENTOS SOBRE QUAIS FATORES DE CONTEXTO FAVORECEM OU DIFICULTAM A QUALIDADE DESTA ATENÇÃO. OBJETIVO: AVALIAR A ATENÇÃO ÀS MULHERES DURANTE A GESTAÇÃO DE ALTO RISCO SOB A ÓTICA DE QUEM ATUA NOS SERVIÇOS DE APS DE SÃO PAULO. MÉTODO: TRATA-SE DE UMA PESQUISA AVALIATIVA DE ABORDAGEM QUALITATIVA, QUE UTILIZOU A TÉCNICA DA ENTREVISTA ABERTA PARA A COLETA DOS DADOS COM PROFISSIONAIS DA APS. OS DADOS FORAM EXPLORADOS POR MEIO DE CATEGORIAS TEMÁTICAS CONSTRUÍDAS A PARTIR DO CONTEÚDO QUE EMERGIU, DE MODO ESPONTÂNEO, DOS DEPOIMENTOS, DISCUTIDOS A PARTIR DA TEORIA DO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE. A PESQUISA FOI APROVADA PELO CEP E RECEBEU FINANCIAMENTO MCTI/CNPQ/MS – SCTIE – DECIT NO 41/2013. RESULTADOS: OS RESULTADOS EVIDENCIARAM TRÊS CATEGORIAS: UMA “ROTINA DE TRABALHO PROTOCOLAR”, ORGANIZADA NA PERSPECTIVA DE PRÁTICAS BIOLOGICISTAS E CUJO MODELO DE GESTÃO, ALGUMAS VEZES, NÃO PERMITE O CUMPRIMENTO DAS PRÁTICAS PRECONIZADAS; UM SISTEMA DE “REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA” QUE POR VEZES PERMITE INTERVENÇÕES MAIS OPORTUNAS E SINGULARES ÀS NECESSIDADES DAS GESTANTES, MAS, AINDA, DESARTICULADO DOS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA; E A “CORRESPONSABILIZAÇÃO DA EQUIPE DE APS PELO CUIDADO COM A GESTANTE”, CARACTERIZADO PELA FLEXIBILIZAÇÃO DA ROTINA DE TRABALHO QUE TRANSCENDE A APLICAÇÃO DE PROTOCOLOS CLÍNICOS, INCENTIVANDO A CONSTRUÇÃO DE VÍNCULO E FAVORECENDO A QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO. CONCLUSÃO: DESVELOU-SE A NECESSIDADE DE FLEXIBILIZAÇÃO DO USO DE PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS NO PROCESSO DE TRABALHO, O QUE PODE IMPULSIONAR A CORRESPONSABILIZAÇÃO DAS EQUIPES DE APS PELO CUIDADO, A FIM DE ADEQUÁ-LA ÀS SINGULARIDADES E NECESSIDADES DE CADA GESTANTE, PARA ALÉM DOS LIMITES DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS BASEADA NA LÓGICA DE PRÁTICAS BIOLOGICISTAS.