O INTUITO DO PRESENTE TRABALHO FOI PAUTAR A DISCUSSÃO SOBRE CUIDADO, SAÚDE DO TRABALHADOR, RELAÇÕES DE GÊNERO E DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DA COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (CPST/UFRJ), TENDO COMO REFERÊNCIA AS LICENÇAS QUE OS SERVIDORES USUFRUEM PARA CUIDAR DE SEUS FAMILIARES ADOECIDOS, CONFORME LHES É GARANTIDO PELO REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES DA UNIÃO (LEI 8112/90). O TRABALHO TRAZ COMO APORTE TEÓRICO‐METODOLÓGICO A OPÇÃO PELA TEORIA MARXISTA E O MÉTODO DIALÉTICO, O QUE POSSIBILITA A ANÁLISE DO OBJETO DE ESTUDO NA PERSPECTIVA DA TOTALIDADE SOCIAL. TAMBÉM FOI REALIZADA A COLETA DE DADOS ATRAVÉS DO LEVANTAMENTO DOS PRONTUÁRIOS DE SERVIDORES NO ARQUIVO DA DIVISÃO DE SAÚDE DOS TRABALHADORES DA UFRJ. DURANTE A ANÁLISE DOS DADOS IDENTIFICOU-SE CONFLITOS NA RELAÇÃO ENTRE O ESPAÇO DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL, ALÉM DOS IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO, ADVINDA DAS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS, O QUE ATINGE A TODOS OS TRABALHADORES, INCLUSIVE OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DA EDUCAÇÃO FEDERAL. ALÉM DISSO, FORAM LEVANTADOS OS IMPACTOS DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO NA AFERIÇÃO DAS LICENÇAS, O QUE IMPLICA DIRETAMENTE NA RESPONSABILIZAÇÃO DOS CUIDADOS NA DINÂMICA FAMILIAR. COMO RESULTADO, CONSTATAMOS O QUÃO BAIXA AINDA É A ADESÃO DOS SERVIDORES DO SEXO MASCULINO ANTE A SOLICITAÇÃO DE LICENÇAS PARA EXERCER O CUIDADO E ACOMPANHAMENTO DE FAMILIARES. CONCLUÍMOS QUE OS HOMENS TRABALHADORES SERVIDORES AFEREM APROXIMADAMENTE NOVE VEZES MENOS LICENÇAS QUE AS MULHERES TRABALHADORAS DA UFRJ, MESMO SENDO QUASE PROPORCIONAL O QUANTITATIVO DE SERVIDORES ENTRE OS SEXOS.