No presente estudo discorremos a análise dos conflitos territoriais entre os camponeses e agentes do capital no município de Codó no Estado do Maranhão, buscando (re)descobrir as forças confrontantes, e a intensificação no número de conflitos agrários no município, além das estratégias de enfrentamento a partir das entidades de classe e/ou apoio, uma vez que o sistema de objetos não é apenas técnico, mas também social, ou seja, é reflexo e condição de ações políticas que participam da produção de uma ordem territorial dinâmica e funcional que se transforma em função dos padrões de produção e regulação capitalista. Os conflitos territoriais entre camponeses e agentes do capital em Codó – fazendeiros, grileiros, empresários do agronegócio e empresas voltadas para o uso do território –, têm sua gênese ligada às políticas de expansão de áreas agrícolas efetivadas pelos governos Federal e Estadual por volta dos anos 2000, que incentivam o mercado de terras no Maranhão.