O presente artigo contribui para estudos do fluxo cognitivo aplicado a resistência educacional velada na execução do currículo sobre valores da cultura afro-brasileira e africana, conforme determina a legislação. Tal fato é uma extensão do racismo estrutural, inserido no núcleo familiar e, muitas vezes, apoiado pela omissão dos profissionais da educação. Tendo em vista, que o princípio do ato cognitivo é propriedade do signo, que os estados de aprendizagem são tecidos pelas semioses e, consequentemente, são suportes da cultura, o discernimento fenomênico cabe a obliquidade Semiótica. O cognoscente nasce na teia da linguagem, sofre a formatação e nesse viés sofre o contágio do racismo estrutural. Fundamentado na Teoria do Signo Triádico edificado por Charles S. Peirce, entende-se que a semiose de cunho racista é interrompível, pois, as relações de degeneração e regeneração também são percursos do refazimento estético e ético capazes de potencializar a sociedade antirracista. São hábitos do signo-pensamento-linguagem replicáveis e passíveis de interferência. O cerne da questão é que categorias ou estruturas configuram as interferências para serem operadas no cotidiano escolar. A pesquisa foi realizada em quatro etapas: a edificação teórica; o levantamento quantitativo, através do questionário pesquisa, junto a um grupo de amostragem constituído de profissionais da educação; a proposição de sequencias didáticas desenvolvidas no cotidiano escolar e a respectiva análise qualitativa. Entre os dados observa-se a intolerância religiosa como sintoma proeminente, singularização da cultura afro-brasileira e africana. Os estudantes replicaram seus tutores nas práticas didáticas, mas, o contato com semioses de predominância icônica e indicial motivou o desarmamento crítico. A síntese do presente sugere a compreensão da semiose, que é sempre cognitiva, na construção de condutas e comportamentos sadios para a convivência social e, neste caso, rebater proposições de mudança de hábitos mentais e pensamentos no esgotamento do embate simbólico, a persuasão pelo signo arbitrário.