A discussão em torno da decolonialidade na formação inicial de professores sob a perspectiva de colaborar para o debate das relações étnico-raciais e do diálogo intercultural vem sendo problematizada pela comunidade acadêmica desde os anos 90. Compreendemos que a partir desse período estávamos retornando o processo de redemocratização no qual os grupos sociais estavam reivindicando o seu espaço no cenário das políticas educacionais. Diante dessa conjuntura política e social surgiu o interesse por desenvolver esse trabalho a fim de que possamos constatar que a decolonialidade é um dos caminhos que podem promover uma educação antirracista e intercultural. Sendo assim, o objetivo dessa investigação consiste em analisar como a decolonialidade está presente na formação inicial de professores e a sua interface com o diálogo intercultural e as relações étnico-raciais. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, bibliográfica e documental nos quais estão orientando a presente temática. Com base na metodologia apontada salientamos como resultados que a decolonialidade dá-se na formação inicial de professores através da existência de componentes curriculares que dialogam acerca das diferentes culturas. Outro resultado obtido com esse trabalho consiste na necessidade de projetos de pesquisas e o desenvolvimento de práticas pedagógicas que orientam sobre a implementação do diálogo intercultural e das relações étnico-raciais nas licenciaturas da UFPB. Portanto, ressaltamos que a perspectiva decolonial é um dos caminhos para que haja uma educação antirracista e intercultural. Além disso, contatamos que a partir dessa perspectiva analítica compreendemos a necessidade de prepararmos os futuros professores para incorporarem esse debate em sua prática pedagógica.