O avanço da medicina e da tecnologia, juntamente com a diminuição da natalidade e da mortalidade infantil, propiciaram um aumento da expectativa de vida da população mundial. Em consequência, este fenômeno está ocasionando um envelhecimento da sociedade. Segundo o IBGE, em 2050, as pessoas com faixa etária entre 40 e 50 anos serão a maior porção da população entre todas as outras faixas etárias. No entanto, em vez de presenciarmos o efetivo aproveitamento desse grupo etário no cenário profissional, temos testemunhado as dificuldades desses trabalhadores em retornar ao mercado de trabalho após o desemprego, bem como permanecer empregado. Essa problemática pode estar associada ao etarismo, preconceito dirigido a pessoas de determinadas classes etárias, pelo fato de pessoas mais velhas serem consideradas pouco hábeis diante das exigências atuais do mercado. Como uma forma de preconceito, o etarismo deve ser combatido com os expedientes usados para as demais formas de discriminação e intolerância. No estatuto do idoso consta que os currículos do ensino formal, em todos os níveis, devem conter tópicos direcionados ao estudo do envelhecimento como forma de dirimir o preconceito e produzir conhecimento sobre o tema. Pensando nisso, este trabalho, após pesquisa bibliográfica sobre os temas etarismo e cinema, objetiva contribuir com proposições para trabalhar os aspectos do etarismo e possível enfrentamento no ambiente escolar. Sendo assim, com o intuito de educar e fomentar a conscientização acerca do etarismo, o cinema, usado como recurso didático, pode contribuir para levar reflexões concernentes ao assunto para a sala de aula.