Este estudo teórico dialoga com os escritos de Lev Vigotski, Paulo Freire e Ivo Tonet com o intuito de promover um debate acerca da formação crítica de professoras e professores aptos a trabalharem como educadores comprometidos com a emancipação humana. A metodologia partiu de um estudo teórico bibliográfico, que se propôs a analisar criticamente a formação de docentes partindo dos postulados dos autores supracitados acerca da necessidade de novo projeto educacional voltado ao desenvolvimento humano de caráter emancipador. A educação como uma prática emancipatória é citada como sonho, ideal ou utopia. No entanto, Freire não recua do desafio imposto, superar a educação bancária, mas sim, lembra aos educadores “Sonhar não é apenas um ato político necessário, mas também uma conotação da forma histórico-social de estar sendo de mulheres e homens” (Freire, 2020). Em adição a esta ideia, Vigotski (1930) acrescenta que a transformação socialista do homem começa com a formação social consciente das gerações novas, pois, a educação deve ser a base para alteração do tipo humano histórico. Nessa perspectiva, Ivo Tonet (2017) afirma que dada a realidade concreta, delimitada pela crise estrutural do Capital, as atividades educativas emancipadoras implicariam um trabalho antagônico ao sistema, capaz de munir a classe trabalhadora para um despertar coletivo. Assim, com base nos três autores, foi possível articular como a formação de professoras e professores com ideais emancipatórios pode ser articulada através das atividades educativas emancipatórias (Tonet, 2017), tendo em vista que a organização da classe proletária pode encontrar na mediação dos educadores os subsídios para sobrepor a exploração do homem pelo homem.