O presente trabalho, oriundo de uma dissertação de mestrado em Educação, a partir da perspectiva da Pedagogia Social, tratou de refletir acerca das representações sociais de violências entre educadores de um projeto no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo-RJ. O estudo foca em uma instituição atuando em contexto marginalizado, oferecendo oficinas e assistência social a crianças e adolescentes locais. Os objetivos incluem identificar as representações sociais de violências entre esses educadores e examinar sua influência nas práticas educativas e nos modelos didáticos ofertados para essa população. A metodologia qualitativa incluiu entrevistas semiestruturadas, análise retórico-filosófica, amparadas em Olivier Reboul e Tarso Mazzotti, e diários de campo inspirados na fenomenologia transcendental de Edmund Husserl. Referenciais teóricos incluem Galtung e Byung-Chul Han sobre as formas de manifestações da violência na contemporaneidade, Geraldo Caliman na Pedagogia Social, e Willem Doise e Serge Moscovici na Teoria das Representações Sociais. Os resultados destacam representações sociais de violências centrada no conceito de "desvio" da normalidade, influenciada pela convivência e religiosidade dos educadores. Essas representações encontradas entre os sujeitos investigados priorizaram violências diretas e estruturais, o que serviu de orientação às ações socioeducativas da instituição investigada.