O presente artigo tem como objetivo mostrar uma experiência realizada numa instituição de ensino superior, privada, localizada na grande São Paulo. A instituição em questão mantinha diversos cursos de bacharelado e também tecnológicos de dois anos, tais como Recursos Humanos, Administração, Marketing, Letras, Pedagogia etc. Os docentes desses cursos, fora os de Letras e Pedagogia, não tinham formação pedagógica. Eram profissionais vindos do mercado de trabalho de diversas áreas, cujos cursos não incluíam licenciatura. Assim, a formação pedagógica era uma demanda grande na instituição. Foi então montado um curso de Formação de professores para o ensino superior, que recebeu um número significativo de inscrições. O curso foi dividido em três módulos. O primeiro discutia identidade do professor, o segundo discutia a contribuição de educadores e o terceiro, objeto deste artigo, discutia a didática, especificamente. Além das leituras e discussões sobre planejamentos e sua necessidade, foi também proposto um estágio que incluía uma regência em sala de aula do próprio curso, com grupos de até três alunos, uma regência num dos outros cursos da instituição, além de um momento de observação de aula num desses cursos. O tema das regências era de escolha dos grupos, mas deveria ser pertinente ao curso. Foram momentos de muita discussão e aprendizado sobre planejamento, conteúdos, metodologia e avaliação. A partir dessas leituras, discussões e análises, outras contribuições teóricas passaram a fazer parte do arcabouço utilizado por esses professores.