O painel que ora compomos traz como eixo articulador o Programa de Residência Pedagógica – PRP e as suas práticas educativas. Tal programa foi uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e, aconteceu por meio de três editais subsequentes, nos períodos: 2018-2020; 2020-2022 e 2022-2024. Apresentando-se como um programa de estágio, permitiu o desenvolvimento de práticas de formação inicial e continuada, numa articulação teoria, prática e teoria ressignificada a partir do chão da sala de aula, do ambiente desafiador, cheio de boas perspectivas que é a escola, um dos lugares onde a educação se faz. As três pesquisas apresentadas são qualitativas, e, suas autoras, estão imersas nos processos que pesquisam, descrevem, posto que atuam no/com o PRP. O primeiro artigo reflete a escrita dos relatos de experiências como prática de (auto)formação do residente que, ao fazê-lo, desvela os seus conhecimentos de escrita e de leitura no rol do conjunto de conteúdos próprios à docência que foram apreendidos. Concepções que dadas à leitura pode indicar luzes e novas perspectivas de formação inicial e continuada. O segundo artigo leva a reflexão sobre a complexidade da formação docente no cenário contemporâneo, a experiência do PRP é relatada a partir do olhar da Coordenação Institucional do mesmo e analisa os textos oriundos de relatórios semestrais. O terceiro artigo, em meio a tal complexidade, apresenta o desafio de desenvolver na escola de Educação Básica e na universidade uma educação antirracista, corporificando os debates anteriores, imprimindo e defendendo uma educação decolonial.