Após a divulgação dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ano referência 2021, a sociedade e a mídia brasileira vêm discutindo, de forma imaculada, os índices apresentados sem a devida análise do que é avaliado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e sem levar em conta os impactos da pandemia na educação e no próprio sistema de avaliação, uma vez que o exame adotou a mesma metodologia do ensino presencial. Diante dessa problemática e da necessidade de sua discussão, objetivamos apresentar para a academia e para a sociedade, alguns questionamentos e desdobramentos, de forma mais aprofundada, dos resultados apontados para o estado do Rio Grande do Norte, mostrando a necessidade de se evitar a ingenuidade ao utilizar o ranqueamento divulgado pelo Inep sem considerar o contexto histórico-sócio-cultural. No tocante à metodologia deste artigo, a abordagem é qualitativa, de natureza exploratória, com o direcionamento para a pesquisa documental, tendo como referencial a legislação vigente e os dados divulgados pelo Inep, e pesquisa bibliográfica, na qual amparamo-nos nos estudos de pesquisadores da área sobre a temática, tais como Schneider e Nardi (2013), Arruda (2020) e Soares e Xavier (2013). A partir dos dados coletados, percebemos que os índices alcançados nas avaliações podem ser influenciados por vários fatores, sendo que alguns deles podem diminuir ou aumentar as notas atribuídas às escolas; assim, para uma melhor compreensão do IDEB deve-se atrelar a ele a contextualização de outros indicadores que descrevam as condições reais de oferta do ensino.