Este relato trata das experiências constituídas no Programa Residência Pedagógica (PRP), como constituidor do processo identitário dos graduandos de Pedagogia. Durante os 18 meses de vigência do PRP os graduandos vivenciam a teoria e a prática da formação docente e sentem o que é ser professor nos seus encantos e turbulências, podendo se identificar com a atividade docente. As vivências oportunizadas pelo PRP permitem aos graduandos compreender a docência como realmente acontece no interior das escolas públicas, apresentando as dificuldades, mas as possibilidades de viver as transformações que a educação provoca na vida dos ser humano e as exigências do ser professor. Deste modo, buscou-se responder ao questionamento: Quais implicações as ações formativas integrantes dos subprojetos do PRP têm sobre o processo de constituição identitária de graduandos de pedagogia? Assim, definiu-se como objetivo deste artigo analisar as ações dos subprojetos do PRP, bem como a participação de graduandos, considerando se estas ações se configuram como processos identitários com a docência. A pesquisa é de natureza qualitativa, com uso de narrativas. Os autores que fundamentaram as discussões são: Ciampa (2007), Vygotsky (2001), Leontiev (1978), Souza (2008), Oliveira (2008), dentre outros. A identidade social se constitui nas dinâmicas dessas relações, nas experiências de vida de cada indivíduo e/ou grupo social, com a estrutura social, sobretudo com os outros. Deste modo, ao residir na escola, por meio da ambientação, observação, participação e regência em sala de aula e ainda, guiados por uma intencionalidade formativa, o graduando pode constituir sua identidade profissional.