Esse texto é dedicado a reflexão das atividades dos estudantes indígena Guarani e Kaiowá do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), do curso de Licenciatura Intercultural Indígena Teko Arandu (FAIND/UFDG). No território Indígenas Aldeia yvykuarussu Takuaraty/paraguassu no município de Paranhos, no estado do Mato Grosso do sul. Trata-se de um levantamento de material didático coletivo da vivência do futuro professores indígena dentro das escolas Guarani e Kaíowá na atividade desenvolvida pelo PIBID, tem sido muito importante para pode me desenvolver na área da educação escolar indígena. Através desse levantamento material didático na escola municipal indígena Pancho Romero, pude ter mais conhecimento e conhecer a importância da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), e da Faculdade Intercultural Indígena (FAIDN), e assim como a escola de educação básica da minha comunidade indígena. Pautamos um olhar a partir da tradução dos livros de modo de viver indígena, que na língua dos povos originários, é a luta pelos seus territórios (Tekoha), o texto reflete sobre a presença indígena na universidade e também pensar sobre como a universidade chega aos espaços dos territórios que historicamente, sempre foram dos povos indígenas e sobre como ainda está no imaginário social que este não é um lugar de direitos das pessoas indígenas. E importante ensinar os estudantes indígena Guarani e kaiowá sobre esse assunto, por que, falar da língua materna e do modo de ser Guarani e kaiowa é lutar pelos seus territórios, cultura e crenças, e como são tratados pelo não indígenas. é muito bom poder ter diálogos com estudantes indígenas e ver e ouvir os estudantes indígena sobre a vida dos Guarani e Kaíowá, e como futura professore, tenho gratificação do ensino sobre viver em conjuntos, colaborando para a vivência em comunidade no ava reko . Logo, segundo Ribeiro (2019) a legislação da oferta de educação escolar bilíngue e intercultural passou a indicar, em conformidade com a lei, a garantia de acesso ao conhecimento científico, a preservação de memórias históricas e a valorização das línguas e das identidades culturais indígenas permeadas por suas práticas socioculturais. Outrossim, o desenvolvimento de currículos e programas específicos deveria contar com a inclusão de conteúdos culturais inerentes às comunidades, com material didático específico e diferenciado (BRASIL, 1996) O Parecer nº 14/99 (BRASIL, 1999a), ao aprovar as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena, garante a flexibilidade curricular a partir do Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI) (BRASIL, 2012) no alinhamento da natureza dos conteúdos, dos espaços e do período de estudo, em relação à realidade da comunidade, às diferenças individuais, aos ritmos de aprendizagem e seus conhecimentos, aos saberes propriamente indígenas e ao modo como são transmitidos. A partir da Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999 (BRASIL, 1999b), foram fixadas as Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas. Os componentes curriculares referentes à educação passaram a ser prescritos em respeito às diferenças, às necessidades dos povos indígenas e à participação da comunidade. Deveriam ser permeadas pelas formas de produção do conhecimento indígena, por seus processos e métodos de ensino e de aprendizagem, e pela produção de materiais didático-pedagógicos no interior da comunidade. Além disso, os docentes responsáveis pelas aulas na comunidade deveriam passar por uma formação específica.