Este trabalho busca, através de um relato de experiência, explorar a vivência de uma bolsista do PIBID atravessada por sua identidade como transgênera não vista e pelo dilema que se apresenta a partir dessa condição: a bolsista se questiona sobre assumir sua identidade trans para os estudantes e colegas professores e as possíveis implicações disso. Se concebe a escola como lócus ativo da chamada “pedagogia do armário”, uma vez que ela se constrói como um espaço de repressão e vigilância para corpos dissidentes dos padrões de gênero reificados na sociedade brasileira. Foram utilizados para realização deste relato os dados coletados mediante observação das aulas do supervisor e registrados em diário de campo, assim como informações obtidas na aplicação de um questionário, atividades previstas na formação como bolsista do PIBID. Em conclusão, se reflete sobre a autoridade do professor em sala de aula e a possibilidade do uso dessa para reafirmar as identidades, assim como sobre quais impactos um professor não-binárie assumido em sala de aula pode ter para estudantes LGBTQIA+, em um espaço que são historicamente marginalizados e violentados.