Na história recente, pode-se de dizer que a pandemia de COVID-19 que chegou ao Brasil no mês de fevereiro de 2020, e perdurou no país por mais de dois anos, é o período de transformações mais intensas encaradas pela profissão docente desde o início do século. No entanto, esse período foi atravessado e hoje, quase dois anos após o retorno da presencialidade, a Educação no Brasil, segue acontecendo em boa parte, nos moldes pré fevereiro de 2020. Ainda assim, é inegável que diversos foram os impactos causados pela pandemia de COVID-19 na prática docente e na forma de pensar sobre ela. E são sobre essas questões que a presente pesquisa, se debruça: as inquietações enfrentadas pelos docentes hoje, são as mesmas enfrentadas no período de isolamento? Quais os possíveis caminhos para que a formação de docentes assuma tais questões de forma significativa? Ser docente, trata-se de uma atividade complexa e nesse período de fragilidades ressaltadas, onde os professores e professoras a todo momento se defrontam com contratempos que agora ganham força, educar requer uma gama de habilidades e competências específicas. Desta forma, considerando as dificuldades que se afloraram, bem como os anseios docentes pós-pandemia, faz-se necessário pensar em formar docentes resilientes. Esse desenvolvimento se relaciona com as vivências e experiências anteriores e atuais e envolve não só as dimensões profissionais dos docentes, mas também as dimensões pessoais, históricas e sociais que se transformam no decorrer da particularidade, bem como da coletividade de cada trajetória desde a Formação Inicial.