Na educação brasileira, as políticas públicas referentes à educação integral ressurgem como busca da melhoria da qualidade da educação. Como exemplo desse processo, tem-se o programa São Paulo Integral (SPI), específico do município de São Paulo. A pesquisa tem como objetivo investigar como ocorre a implementação do programa SPI a partir do que afirmam os docentes. Desse modo, a coleta de dados ocorreu em três escolas municipais da zona sul de São Paulo participantes do programa SPI. A pesquisa foi feita com abordagem qualitativa, com procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica, documental e de estudo de caso múltiplo. O estudo de caso múltiplo foi dividido em duas etapas: questionário e entrevista. A análise de conteúdo dos dados obtidos por meio da pesquisa documental foi realizada conforme propostos por Laville e Dione (1999). Os dados coletados por meio da entrevista foram analisados mediante o método “análise de prosa” (ANDRÉ, 1983). O referencial teórico consiste nas seguintes bibliografias referentes à educação integral: Cavaliere (2010); Coelho (2009); Gadotti (2009); Gonçalves (2006); Guará (2006); Moll (BRASIL, 2009a); Moll (2011, 2012); Padilha (2012); além de autores que versam sobre a escola pública, tais como Freire (1967, 1992, 1996, 1997, 2001, 2011); Freitas (2012, 2014); e Paro (2009). Enquanto resultado, conclui-se algumas potências e desafios relacionados ao programa SPI. Sendo as potências: melhor aprendizado, desenvolvimento de projetos, autonomia discentes e formação in loco. Os desafios estão sintetizados em: diferentes concepções de educação integral que apresentam os docentes, falta de distinção entre o conceito tempo integral e ensino integral, falta de tempo para preparar as aulas referente aos projetos, responsabilização do professor e escassez de recursos humanos. Alguns temas surgem como um desafio, que se transpostos, podem se tornar uma potência, tais como: tempo integral, desenvolvimento integral, acesso ao entorno e estrutura física das unidades escolares.