O(a) professor(a) e a sua qualificação profissional são considerados elementos-chave para a mudança na qualidade do cenário educacional brasileiro. Nesse sentido, ações na formação inicial como o Programa da Residência Pedagógica (PRP) são imprescindíveis. O propósito desta pesquisa foi avaliar as contribuições e os desafios vivenciados pelo núcleo da Residência Pedagógica (RP) “Identidade Profissional Docente”, ao longo do Edital 24/2022, tanto pelos residentes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IX, quanto pelas preceptoras da escola-campo do Colégio Municipal de Aplicação Octávio Mangabeira Filho, situado em Barreiras. Para a coleta de dados, utilizou-se pesquisa de campo do tipo descritivo, com uma abordagem quali-quantitativa, composta por meio de questionários para os residentes e preceptoras, totalizando 17 (dezessete) participantes. Foi possível observar uma forte aderência e protagonismo dos residentes em vivenciar as experiências formativas oferecidas pelo PRP. No entanto, foi destacado uma baixa interação entre a universidade e a escola-campo, no intuito de aprofundar relações interinstitucionais. As preceptoras mencionaram a incipiente oferta de cursos de formação continuada pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Mesmo diante dos desafios enfrentados pelos residentes e preceptoras durante o processo do Programa, o núcleo da residência pedagógica se configura como uma experiência formativa para os licenciandos, oportunizando aos residentes o exercício da atividade docente para além da obrigatoriedade do estágio curricular. Ao passo que as preceptoras são instigadas a desenvolver habilidades e competências em sinergia ao intercâmbio de saberes derivada da experiência vivenciada.