Durante a adolescência, a escola é um dos principais espaços de socialização e formação, o que possibilita a expressão e identificação de determinados comportamentos, como queda do rendimento escolar, isolamento, dificuldade de relacionamento, sinais de automutilação, abuso de álcool e drogas, diversos tipos de violência, entre outros sinais de que a saúde mental do estudante pode estar prejudicada. Assim, os profissionais da educação são responsáveis por criar um ambiente seguro, com uma cultura de diálogo que promova o senso de comunidade, pertencimento e estabilidade socioemocional. O presente trabalho é resultado do Projeto Guardiões da Vida, o qual objetiva, no ano 2024, fornecer subsídio para profissionais e estudantes na compreensão do vasto contexto do comportamento suicida em face do adoecimento mental, bem como colaborar com a criação de estratégias preventivas no combate a problemática que tem se intensificado rapidamente no ambiente educacional. Tal projeto interventivo busca estimular habilidades socioemocionais nos discentes, a fim de que protagonizem ativamente nesse cenário. Ou seja, que saiam do papel de sujeito passivo das campanhas de prevenção e passem a atuar efetivamente frente às próprias dificuldades e de seus pares, através da autogestão e consciência social, como prevê a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e que serão despertadas durante a programação. As ações serão realizadas nas turmas de primeira série do Ensino Médio de uma escola estadual do município de Araçagi-Paraíba, dentro da disciplina Projeto de Vida, lecionada pela autora deste artigo e estão previstas atividades como avaliação diagnóstica, encontros grupais, capacitação de profissionais da escola, reunião de pais e/ou responsáveis, oficinas, treinamentos e, por fim, uma culminância na qual serão apresentados os estudantes eleitos para compor uma comissão de Guardiões da Vida, com finalidade de dar suporte aos profissionais da escola na identificação e manejo de casos que surjam durante o ano letivo.