A comunicação é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento humano e desempenha um papel essencial na interação social dos indivíduos, além de ser necessária para a educação e integração na vida em sociedade. Para alunos autistas não verbais, a comunicação pode se apresentar como um desafio significativo, uma vez que a expressão verbal pode ser limitada ou inexistente, dependendo do grau de autismo deste sujeito. Com base nessa percepção acerca das dificuldades de comunicação apresentadas por alunos autistas não verbais, o presente artigo tem como objetivo discorrer acerca da vivência de uma graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia, a partir da disciplina de Estágio Supervisionado em uma escola pública do município de Santa Izabel do Pará, no qual as atividades foram desenvolvidas em diálogo com a Educação Especial Inclusiva, envolvendo a Comunicação Alternativa Ampliada (CAA) na prática pedagógica, formas de ampliar as possibilidades sociocomunicativas de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo - TEA (Iacono Et al, 2016). A abordagem metodológica do presente trabalho é qualitativa, realizada a partir da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo, buscando o rigor e a ética da pesquisa em Educação conforme os estudos de André (2001) e Demo (2001). Os resultados apontam que a CAA surge como uma ferramenta essencial para promover a interação, a compreensão e o desenvolvimento dos estudantes com TEA. Verificou-se ainda que a implementação eficaz das estratégias de Comunicação Alternativa Ampliada é importante para garantir que os alunos com autismo não verbais tenham a oportunidade de se expressar e se conectar com o mundo ao seu redor, seja na família, na escola ou em sua comunidade. Assim, ao se reconhecer e apoiar essas formas alternativas de comunicação, a escola e a sociedade contribuem para a promoção da inclusão e do desenvolvimento pleno desses sujeitos.