As primeiras inquietações sobre essa temática surgiram a partir da observação e escuta ativa em um grupo de bebês de 0 a 1 ano e 6 meses em um Centro de Educação Infantil na cidade de Blumenau/SC. Ao iniciar as vivências com esse grupo percebemos a escassez de literaturas de projetos que apresentassem na prática do ser professor dessa faixa etária. Neste sentido o objetivo deste relato é evidenciar como conseguimos desenvolver a prática do trabalho com os bebês e exemplificar como a pedagogia de projeto pode acontecer indissociando o cuidar e o educar, corroborando com o pensamento de Bujes (2001) ao ressaltar que o cuidar possui um significado amplo, que diz respeito aos cuidados primários da criança e que está diretamente ligado ao educar, uma educação social e cultural que a criança faz parte, oportunizando os direitos de aprendizagem de maneira integral, consolidando o desenvolvimento do ensino/aprendizagem. As ações foram fundamentadas em Gouvea (2002), Vigotsky (1996), Bujes (2001), entre outros documentos que legalizam e orientam a educação infantil. A metodologia utilizada foi qualitativa, através de diálogos, experiências, vivências e observações de forma intencional e investigativa. Os resultados alcançados expuseram as possibilidades que vivenciamos enquanto professoras que nos provocou a criar e ressignificar práticas dentro e fora do ambiente da educação infantil, buscando, a partir das inquietações, aprimorar o nosso fazer pedagógico. Concomitantemente os bebês ampliaram também seus conhecimentos através das brincadeiras, da comunicação e das interações, se sentindo pertencentes e protagonistas da própria história ao produzir sua cultura infantil no coletivo.