O presente estudo objetiva analisar e problematizar a historicidade do Programa Brasil Alfabetizado (PBA/2003) e suas perspectivas para o ensino voltado ao pensamento crítico na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Como referencial teórico dialogaremos com pesquisadores como Paulo Freire e Carlos Rodrigues Brandão, entre outros educadores populares brasileiros que pensaram em uma educação não bancária, como também, como suporte às análises, dialogaremos com o repertório da pedagogia engajada de Bell Hooks, pedagoga, feminista e intelectual negra norte-americana. Referida pesquisa tem abordagem qualitativa e documental, assim, recorremos a ferramentas de revisão bibliográfica e levantamento de documentos governamentais sobre o Programa. A relevância do estudo se dá no sentido de ampliar reflexões e produções científicas no cenário da Educação Popular, em específico sobre o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), realizando apontamentos e achados que delineiam uma educação equitativa, visto que para as classes populares o acesso ao ensino ainda é restrito, pois ao longo da história da educação, esse segmento de classe esteve à margem do sistema educacional brasileiro. Assim, concluímos parcialmente, que o PBA, como uma política pública, buscou ampliar o acesso à educação de qualidade e assegurar tal direito para todos. O Programa em tela surgiu em 2003, no primeiro mandato do governo Lula, seu último ciclo ocorreu em 2016, tendo sido reformulado em 2022, mas mantendo o mesmo objetivo inicial: colaborar com a Alfabetização de Jovens e Adultos e com o exercício de sua cidadania.