A Educação Ambiental (EA), nos termos da legislação brasileira vigente, deve ser promovida em todos os níveis de ensino, de forma inter/transdisciplinar e transversal. Essa realidade exige, portanto, que a EA também seja realizada no Ensino Médio, na educação pública e privada, o que, necessariamente, envolverá múltiplas disciplinas, a exemplo da Química, e seus respectivos conteúdos. Em razão disso, a presente pesquisa tem, como objetivo geral, demonstrar como a contaminação da extração mineral clandestina feita a partir do uso do mercúrio, nas terras Yanomami pode favorecer a inserção da EA nas aulas de Reações Químicas no Ensino Médio. Entendeu-se que a utilização de casos concretos de grande repercussão na sociedade brasileira é um relevante instrumento para a promoção de debates de grande valor científico no ambiente escolar, capazes, inclusive, de favorecer uma formação integral do estudante (pessoa, cidadão e futuro profissional) e a sua sensibilização para causas ambientais. Por corolário, a contaminação de terras Yanomami pela utilização do mercúrio para a extração mineral clandestina tem potencial para favorecer a inserção da EA em aulas de Química do Ensino Médio, em especial no que diz respeito ao tema “reações químicas”. Isto porque a extração do ouro ocorre por meio de uma reação química entre o mercúrio (Hg) e o ouro (Au), que gera rejeitos minerais altamente tóxicos e graves impactos ambientais. A opção metodológica foi por uma pesquisa exploratória, de revisão bibliográfica e análise documental.