A experimentação é uma importante ferramenta para a construção do entendimento de ciências enquanto fazer humano, estímulo à investigação científica e para formação de indivíduos críticos e reflexivos. No entanto, sua efetivação em sala de aula ainda é um desafio, devido a fatores como ausência de infraestrutura e suporte durante a formação inicial e continuada dos professores de ciências, inadequação docente e desvalorização da profissão. Diante disso, para fomentar as práticas investigativas entre os professores de ciências do Ensino Fundamental II, promoveu-se um encontro formativo na municipal de Vargem Grande/MA. A capacitação teve foco em experimentação no ensino de Ciências. Inicialmente, realizamos uma dinâmica investigativa, que consistiu com que os professores identificassem que tipo de semente havia dentro de uma caixa. A dinâmica contribuiu para integrar os professores à formação, além de demonstrar como os experimentos podem ser feitos de maneira simples. Em seguida, utilizamos o método de rotação por estação: cada estação continha um experimento e uma sugestão de roteiro para ser utilizada em sala de aula. Os roteiros foram elaborados considerando o desenvolvimento de competências de pensamento científico e crítico, de maneira a estimular a investigação dos estudantes. Por último, solicitamos que os professores, em grupo, elaborassem um plano de aula adequado a diferentes séries do Ensino Fundamental II utilizando a experimentação como instrumento prévio ou corroborativo. Ao final da formação, uma roda de conversa informal com os professores sobre revelou que a maior parte dos participantes encontra dificuldades em aplicar a experimentação no cotidiano por ser necessário mobilizar recursos que a escola não possui (como materiais, vidrarias e a falta de espaço físico adequado como um laboratório de ciências). Alguns professores afirmaram que utilizam a experimentação em sala, mas apenas para consolidar o conteúdo, e não como ferramenta de investigação inicial.