O trabalho trata sobre as condições de apoio à parentalidade nos espaços de educação formal com pessoas jovens e adultas, sob a perspectiva das mulheres estudantes que são mães e/ou daquelas que exerçam as maternagens (avós, madrastas, irmãs etc.). Considera-se a necessidade de compreensão sobre as práticas presentes nas maternagens estudantis, e, com elas, as limitações e as possibilidades de acolhimento à parentalidade que as instituições formativas assumem (tanto em relação às práticas pedagógicas, quanto às políticas institucionais). Ao considerar que cerca de 43 % das mães pausam a carreira ou empregos de tempo parcial, enquanto os pais que interrompem sua trajetória profissional totalizam apenas 20% (PiS, 2018), se entende que as mulheres que maternam têm desafios impostos diante de sua atuação na condição de parentalidade, especialmente no que se refere à escolarização ou formação superior quando jovens e adultas. Neste sentido, se objetiva compreender as demandas, práticas e estratégias no que se refere ao acesso e permanência das mães estudantes nos espaços formativos que contemplem jovens e adultas no contexto da fronteira Sul, especificamente, em Jaguarão - RS. Por meio de uma abordagem qualitativa, a investigação ocorre por meio de registros escritos com base em Cartas Pedagógicas (Freitas, 2021; Camini, 2012), registradas pelas participantes da pesquisa. Além disso, a pesquisa tem como referencial o Marco de Referência da Educação Popular para a Construção de Políticas Públicas (BRASIL, 2014) o que possibilita um inventário das práticas de estudantes que são mães e/ou maternam na região fronteiriça (BR-UY), como um instrumento de participação. Até então, o principal resultado indica a relevância de criação de espaços e políticas institucionais que contribuam para o aprofundamento e divulgação da temática com o olhar das demandas, práticas e estratégias para a permanência das mães estudantes nas instituições escolares e de ensino superior.