Esta pesquisa, desenvolvida com a abordagem metodológica por meio de um estudo de caso, consistiu na observação do grupo de crianças com 4 anos de idade, em uma creche-escola da Rede Municipal de Recife. Durante as observações, buscamos compreender experiências vivenciadas na Educação Infantil. Para isso, nos tornamos ‘criancistas’ em nosso objeto e campo de estudos, utilizando o ato de brincar, conhecer e observar as infâncias, enfatizando objetivos temáticos a serem desvendados, dentre eles: A mediação e engajamento das crianças durante o encontro, concepção de infância e criança; A análise sobre as interações, brincadeiras e experiências artísticas; E a análise sobre o trabalho com a linguagem oral, leitura e escrita na escola. Além de outros aspectos do desenvolvimento, socioeducativos, históricos que perpassam a criança, as vivências constituem espaços de aprendizagens e desenvolvimento infantil. A aprendizagem das crianças acontece de forma eficiente já o incentivo às vivências diversas, a partir de estímulos físicos e cognitivos. Ao desconsiderar esses aspectos, corremos o risco de permanecer na tradicionalidade e mecanicidade, sem tornar os aprendizados reais e/ou significativos, formando cada vez mais humanos reprodutivistas. Como resultado da pesquisa, enfatizamos a importância das vivências na infância, além disso, percebemos que as profissionais durante os momentos consideram a criança como um ser histórico, cultural e social que carrega consigo bagagens, ou seja, existe um capital ativo em que as professoras valorizam. Por isso, a docência na Educação Infantil, principalmente, deve fortalecer a brincadeira, a cultura corporal, o ambiente, as pessoas e as relações que ali podem se formar, sendo papel do professor identificar as potencialidades e questões a serem trabalhadas, tornando a infância desafiante, alegre, instigante. Os resultados também refletem a importância da prática docente, visto que é essencial uma formação de qualidade e contínua para oferecer melhores vivências para as crianças.