A intencionalidade deste trabalho é provocar uma reflexão por meio de um relato de experiência embasado em literaturas, especificamente Brené Brown “Coragem para Liderar” que apresenta as vulnerabilidades, não como sinal de incompetência ou um ponto fraco que se deve esconder, mas o medidor da coragem de uma pessoa, mostrar o quanto ela está disposta a se entregar ao imprevisível, de arriscar-se sem saber qual será o resultado. Partindo desse pressuposto, entendeu-se que a figura do líder, aqui denominado coordenador pedagógico, deve instigar os seus liderados ou mesmo a sua própria postura, a arriscar-se, a ousar-se, a se permitir cometer erros, dar visibilidade a seu trabalho, sem se importar com julgamentos e críticas, isso é “coragem de ser imperfeito”. A experiência apresentada é fruto de quatro anos de vivências na organização educativa Estação Conhecimento de Arari, comandando uma equipe de vinte educadores com formações distintas e uma equipe multidisciplinar composta de pedagoga, psicopedagoga, nutricionista, assistente social, terapeuta ocupacional e psicóloga, ambos os profissionais a frente de um trabalho social de atendimento a crianças, adolescentes e famílias em estado de vulnerabilidade social, por meio do desenvolvimento de práticas educativas e acompanhamento especializado, tendo como princípio norteador o desenvolvimento integral dessa clientela. Uma equipe dessa natureza, precisa de uma gestão democrática e participativa, onde se valorize a proatividade, autonomia e acima de tudo, a garantia da transparência e uma comunicação assertiva e que todos possam reconhecer seus potenciais e limitações e consigam ter inteligência emocional para receber feedbacks positivos e negativos e vejam neste último a oportunidade de crescimento.