Este artigo se materializa a partir de uma experiência em coordenação pedagógica, a qual foi possível acompanhar o processo de reimplantação da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) em um município paraibano. Após passar anos sem ofertar tal modalidade, negando à população a possibilidade de retornar aos estudos e /ou a conclusão dos mesmos, postergando o direito à educação pública, a quem não conseguiu frequentar os espaços formais de ensino e aprendizagem. Tornou-se necessário realizar entrevistas com os responsáveis pela volta da modalidade na rede municipal para dimensionar o entendimento da ausência desta política pública de educação. Nesse sentido, o objetivo é descrever as percepções sobre a reimplantação e funcionamento da EJAI a partir dos diferentes sujeitos e olhares. A pesquisa tomou como referência empírica uma rede municipal de ensino da cidade do interior da Paraíba. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por dois secretários municipais de educação, uma coordenadora pedagógica, quatro professores, dois gestores escolares. A pesquisa trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, como fonte foram documentos e entrevistas semiestruturadas. Em toda a pesquisa, a abordagem teórica baseia-se, sobretudo, nos estudos de Paulo Freire entre outros que contribuem para ampliar as discussões sobre a temática. Pelos dados e análises realizadas, os resultados apontam para a necessidade de intensificação de ações para dar condições de permanência aos estudantes, bem como a criação de condições para continuar o processo de inclusão escolar. Além disso, os dados apontam a necessidade de mais investimentos e implantação de políticas públicas de maior alcance que atendam às necessidades dos sujeitos envolvidos neste processo de escolarização.