Este artigo decorre da pesquisa em desenvolvimento junto ao PPEHL/UFAC, investigando a importância da teoria e prática na formação inicial de professores e como os futuros docentes concebem o ser professor/professora. Utilizamos como referencial teórico os trabalhos de Freire (2022); Tardif (2014); Morin (2011); Nóvoa (1999), dentre outros. A metodologia empregada é a qualiquantitativa de natureza aplicada, empregando como instrumentos de pesquisa o questionário autoaplicável, análise de documentos e a entrevista semiestruturada. Os resultados indicam que tanto a formação teórica isolada quanto a prática não são suficientes, sendo essencial a integração e a constante atualização. A formação é um momento de encontro dos saberes, não apenas técnico e/ou científico, mas é também saberes históricos, sociais, individuais e coletivos. A prática enriquece o cotidiano do educador à luz da práxis, integrado aos seus saberes teóricos. Nesse processo, o educador se torna - e deve reconhecer-se -, simultaneamente, aprendiz e professor, consolidando e aplicando os conhecimentos adquiridos. A formação inicial, deve ser apenas o começo de um processo contínuo. Para tanto, a discussão sobre a relação entre conhecimentos teóricos e práticos emerge como um ponto central de reflexão, de modo que, formar professores considerando os conhecimentos teóricos e práticos, sinaliza uma perspectiva inovadora no campo educacional tendo em vista considerar que a prática pedagógica não é neutra, segundo Freire (2022), antes, e principalmente, é carregada de politicidade e de uma ética permeada pelos elementos da coletividade, de intenções, de cultura, de disciplinas para o estudo e da ação e reflexão sobre o ser e o fazer docente.