A cultura maker tem se destacado como uma abordagem educacional que estimula a criatividade, o pensamento crítico, o protagonismo dos estudantes e a resolução de problemas, integrando o conhecimento teórico com a prática de maneira significativa. Este trabalho objetiva apresentar uma análise de dados de uma Revisão Sistematizada da Literatura (RSzL) sobre a implementação da cultura maker no ensino de ciências. A RSzL é um método de pesquisa que segue protocolos específicos para organizar um extenso corpus documental, incluindo etapas como a formulação da questão de pesquisa, seleção das bases de dados, elaboração da estratégia de busca, seleção dos documentos e sistematização dos resultados. Foram coletados 87 resultados publicados entre 2022 e 2024 no portal de periódicos da CAPES e no banco de teses e dissertações. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, restaram 9 trabalhos. Esses artigos foram analisados quanto a aspectos como níveis de ensino, objetivos, recursos, metodologias de ensino, e instrumentos para coleta e análise de dados. A revisão revelou que o ensino médio é o nível predominante para a aplicação da cultura maker. As principais metodologias adotadas em conjunto com a cultura maker são STEAM e a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), utilizando desde materiais de baixo custo até recursos relacionados à robótica. Os principais instrumentos analíticos identificados foram questionários pré e pós-teste, entrevistas semi estruturadas, relatos dos participantes e análise de atividades realizadas. Conclui-se que a cultura maker está ganhando espaço significativo no ensino de ciências, especialmente no ensino médio, promovendo uma educação mais prática e engajadora. A utilização de metodologias ativas e recursos diversificados facilitam o desenvolvimento de habilidades práticas, trabalho em equipe e pensamento crítico, preparando os estudantes não apenas para entender os conceitos científicos, mas também para aplicá-los de maneira criativa e inovadora.