Em um cenário social destacado por exclusões, violações, preconceitos e intolerâncias, que deixam de lado a pluralidade, e muitas vezes ferem a dignidade humana, nesse texto, pensaremos sobre a educação matemática e o bem viver. Com o objetivo refletir sobre as possibilidades do ensino de matemática à luz do bem viver, dialogamos com pesquisadores como D’Ambrosio (1996; 2013; 2018), Krenak (2020; 2019), e outros, no sentido de provocar tais reflexões. Deste modo, ecoamos sobre como o bem viver pode impulsionar o ensino dessa disciplina no ambiente escolar, na vida em coletividade, e consequentemente na sustentabilidade do planeta. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica em bancos de dados e repositórios de universidades, a fim de encontrar estudos que relacionem a matemática com o bem viver, as possibilidades de ensino, e outros fatores. Mesmo com uma escassez de produções acadêmicas que relacionem o bem viver com o ensino de matemática, destacamos como resultado desse estudo a dificuldade em construir o ensino de matemática pautado no coletivo, em uma sociedade que preza a vida digna para todos. Destacamos a Etnomatemática como tendência pedagógica que se aproxima do é o Bem viver, proporcionando essa visão de ensino, utilizando o contexto histórico-social do indivíduo nas aulas de matemática. Pontuamos também, que o bem viver não se trata de capital, nem somente de cultura. O bem viver representa bem-estar, reconhecer, e respeitar a existência do outro.