Os meios educacionais além de garantirem a difusão dos saberes produzidos pela humanidade em seu percurso histórico também objetivam o desenvolvimento integral dos sujeitos ao contemplar os aspectos cognitivos, emocionais, físicos, morais e éticos, considerando habilidades e potencialidades individuais e coletivas. Para tanto, ao compreender a importância do papel da educação no âmbito social julga-se indispensável à garantia de estruturas adequadas à efetivação do processo de ensino e aprendizagem estabelecido nas instâncias educacionais, seja nos aspectos físicos seja no plano pedagógico, diretivo e/ou organizacional. Nesse sentido, reconhecendo a responsabilidade e relevância da ação docente nesse contexto socioeducativo, é imprescindível que se garanta condições adequadas ao exercício do trabalho professoral, para que desse modo toda a comunidade escolar atinja resultados positivos e que tal profissão consiga ser atrativa para as futuras gerações. Entretanto, o cenário atual revela o risco de um “apagão” de professores em um futuro próximo, diante dessa realidade o presente trabalho tem como objetivo analisar os motivos pelos quais estudantes se desmotivam com a docência na educação básica durante a formação acadêmica em licenciaturas a partir de um estudo documental. No que se refere aos elementos metodológicos, este trabalho se define enquanto uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo documental. Em vista disso, utilizou-se os documentos legais, estudos recentes dos últimos cinco anos, estatísticas nacionais que tratam acerca do tema e das contribuições dos estudos de Aranha (2002), Katuta (2019) e Imbernón (2000). Isto posto, é possível concluir que fatores como a baixa remuneração, jornada de trabalho exaustiva, a escassez de recursos e demais circunstâncias impactam diretamente na desistência ou rejeição das pessoas nos cursos de licenciaturas. Portanto, predomina um discurso contraditório entre a importância do papel do professor e as condições de trabalho a que estes são submetidos.