A educação pública gratuita e de qualidade perpassa a valorização do profissional da educação e o movimento social de representação da categoria constitui-se um elemento precípuo para essa garantia. Nessa perspectiva, essa pesquisa aborda as primeiras décadas do assistencialismo no estado do Rio Grande do Norte. O movimento sindical docente no Rio Grande do Norte teve início, oficialmente no ano de 1920 com a oficialização da Associação dos Professores do Rio Grande do Norte (APRN). À época, apesar do caráter preponderantemente assistencialista, a organização realizou conquistas significativas para a educação potiguar, configurando em legados perceptíveis no vigente século. A partir disso, este trabalho objetiva analisar a atuação da APRN no recorte temporal de 1920 (ano de oficialização) até o ano de 1989 (ano da transformação em sindicato). Apresentando a caracterização desta entidade e analisando o seu papel ao longo desse recorte temporal, esta pesquisa de abordagem qualitativa, fundamenta-se na perspectiva da História Cultural e referencia-se metodologicamente com a pesquisa bibliográfica e documental. A partir disso, conclui-se que a APRN constitui-se uma organização substancial para a educação pública norte-riograndense, a partir das conquistas educacionais, tais como: jardim de infância, escolas rudimentares, grupos escolares, Revista Pedagogium, Faculdade de Filosofia e outros, e essa representação culminou na transformação da APRN em um sindicato unificado que representa os profissionais da educação pública do ano de 1989 até os dias atuais.