O Brasil é mundialmente conhecido como o país que mais tem água doce no mundo, contudo, numa perspectiva geográfica, quando se reduz a escala nota-se que o recurso hídrico no país é naturalmente mal distribuído, principalmente quando se realiza um comparativo entre disponibilidade de água doce e densidade demográfica. Neste sentido, as regiões mais abastadas naturalmente são aquelas onde há menos habitantes, sendo o maior destaque a região hidrográfica do Amazonas; em contraposição, contudo, a região menos favorecida situa-se no nordeste do país, sendo nomeada de Atlântico Nordeste Oriental, a qual abrange parcialmente Alagoas, Pernambuco, grande parte do Ceará, e totalmente a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Ainda mais em específico, Pernambuco com dados de 2019 se apresentava como o estado com menor índice de disponibilidade hídrica per capta do país, evidenciando assim a necessidade da realização de atividades para conscientização populacional para esta questão. Sendo assim, esta pesquisa trata da análise de atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão Gestão e Governança Hídrica e Ambiental desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Recife, focando nos anos de 2021 a 2023. Esta pesquisa se faz relevante pois nos últimos anos a extensão tem se mostrado o elo mais escanteado no tripé quando comparado ao ensino e pesquisa do meio acadêmico, contudo, o necessário resgate se mostra eficaz para possibilitar a compreensão dos resultados de pesquisas científicas para a sociedade civil de modo que o conhecimento não permaneça retido apenas nas universidades, e em especial, principalmente para facilitar o diálogo sobre ações a serem tomadas em situação de vulnerabilidade, onde a educação volta a ter um local de destaque tanto no modelo remoto bem como também no presencial.