O ensino de ciências possui uma pluralidade de métodos que podem ser explorados pelo professor. Mesmo assim, alguns conteúdos sofrem com a defasagem de ensino, seja por conta da nomenclatura complexa, a falta de tempo ou de interesse em ensinar o assunto do próprio professor. Uma boa forma de tornar o conhecimento acessível a todos é relacionar a teoria com a prática. O ensino de botânica necessita de relações com o cotidiano, e um modo de lidar com isso é utilizando em sala de aula plantas facilmente encontradas no ambiente antrópico. Levando em consideração a necessidade de buscar inovações na educação básica, este trabalho objetivou construir uma cartilha ilustrada, como forma de socializar o conhecimento acerca das plantas espontâneas e de fácil acessibilidade no território urbano de Feira de Santana, consideradas popularmente como “mato”. Para isto, foram pesquisadas e selecionadas plantas do nosso cotidiano, que ocorrem espontaneamente em ruas, calçadas, terrenos e outros espaços antropizados, as quais foram coletadas, identificadas e fotografadas para a produção de um material didático, com o objetivo de contribuir para a compreensão dos aspectos ambientais e ecológicos por estudantes da educação básica, assim como colaborar para a mitigação da impercepção botânica. A cartilha, como recurso didático, apresenta a vantagem de proporcionar a interação do estudante com a produção do conhecimento, já que ela possibilita para que sejam adicionados registros e impressões feitas a partir da observação de quem aprende. A utilização do “mato” como um instrumento didático tem um potencial interessante na educação básica, uma vez que é um material acessível, mesmo dentro do perímetro urbano.