Este trabalho visa apresentar estratégias de trabalho sobre a temática de racismo e do sexismo no Atendimento Educacional Especializado (AEE), utilizando o histórico de personalidades negras e indígenas, como a professora e intelectual Lélia Gonzalez, que culminou com várias legislaturas e atualmente a obrigatória Lei 11.645/2008. O seu legado analisa como o racismo e o sexismo se manifestam na cultura brasileira, cuja formação é marcada por uma colonização eurocentrada. A interseccionalidade entre essas formas de discriminação é o ponto central deste trabalho, que busca trabalhar no AEE oferecendo estratégias de trabalho utilizando os princípios da Lei nº 11.645/2008 - questões afro-brasileiras e indígenas no processo curricular da educação básica. O referencial teórico-metodológico será a demonstração da intersecção entre o legado de Lélia Gonzalez, as estratégias de desenvolvimento no currículo escolar (Lei 11.645/2008) no atendimento a pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação. A metodologia utilizada através desta revisão é predominantemente analítica e crítica, onde serão demonstradas as ideias principais de Lélia Gonzalez e em consequência deste legado as ações correspondentes a estratégias de trabalho na educação básica com as referidas leis, dentro do atendimento educacional especializado com sugestões de estratégias. As interseccionalidades que perpassam a complexa temática de ações escolares no Atendimento Educacional Especializado (AEE) propõem ações, que estejam diretamente ligadas ao contexto da escola. Desta forma é necessário o reforço das histórias de mulheres negras brasileiras com reflexões sobre: empoderamento, autonomia, autoestima, e em especial Lélia Gonzalez, que reforça a importância de uma luta coletiva contra o racismo e o sexismo. E através de seu legado é preciso a continuidade e necessidade em focar a história e a cultura afro-brasileira e indígena nas escolas através do desenvolvimento de atividades e estratégias também nas ações no AEE.