Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

AS CONCEPÇÕES DOS EDUCADORES E EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ACERCA DOS ASPECTOS SOCIAIS, CULTURAIS, MORAIS E ÉTICOS

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

A EJA tem passado por importantes transformações no Brasil, especialmente no que se refere à legislação e às metodologias. A modalidade visa atender à população que, por diferentes razões, não pôde concluir seus estudos na idade apropriada.Com a diversidade social e cultural desses sujeitos, a EJA precisa respeitar seus saberes prévios e buscar práticas pedagógicas contextualizadas. Este estudo justifica-se pela necessidade de refletir sobre quem são os educandos e seus educadores, suas histórias, desafios e perspectivas. A pesquisa é de natureza aplicada, com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Foram utilizados os procedimentos de pesquisa bibliográfica e de campo, com base em autores como Paulo Freire, Moacir Gadotti, José Romão, entre outros. Compreendendo as concepções dos sujeitos envolvidos com a EJA e propor reflexões sobre as práticas educacionais voltadas a esse público. Verificou-se que os educandos da EJA, em sua maioria, têm trajetórias marcadas pela exclusão escolar e social. Apesar de possuírem saberes significativos adquiridos fora da escola, esses conhecimentos muitas vezes são desvalorizados no ambiente educacional formal. Do ponto de vista dos educadores, ainda há práticas que se baseiam na educação bancária, criticada por Freire, e que não promovem a autonomia do sujeito. A legislação vigente assegura o direito à educação para todos, mas a prática revela lacunas na efetivação desse direito. É necessário um olhar mais sensível e crítico sobre a realidade desses alunos, valorizando suas experiências e promovendo o letramento cultural e social. O estudo conclui que é urgente renovar as práticas pedagógicas na EJA, com base no respeito aos saberes dos educandos, promovendo uma educação libertadora e transformadora. É fundamental que o educador compreenda seu papel de mediador do conhecimento e esteja comprometido com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A alfabetização e o letramento são processos contínuos e significativos, que ultrapassam os limites da sala de aula.

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