Introdução: A epilepsia é um distúrbio cerebral ocasionado por descargas elétricas anormais, caracterizada principalmente pela recorrência de crises convulsivas, que podem variar suas características fisiopatológicas de acordo com a área do cérebro afetada, clinicamente é classificada em crises generalizadas quando se espalham por todo o cérebro ou em crises parciais quando se restringe a uma parte específica. Cerca de 50 milhões de pessoas são acometidas pela epilepsia no mundo, tornando-a o transtorno neurológico mais frequente e considerado como um problema de saúde pública, que pode afetar qualquer pessoa, independente de raça, sexo, condição socioeconômica e região. O conhecimento dessa patologia se faz necessário para obter um bom diagnóstico e, assim, auxiliar na escolha do tratamento adequado. Objetivo: Avaliar os aspectos psicossociais da epilepsia e divulgar conhecimentos sobre essa patologia, abordando os fármacos mais utilizados no tratamento. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de estudos publicados, onde foram utilizados artigos científicos publicados entre 2009 a 2013, nos bancos de dados SciELO, PubMed, MedLine, LILACS e revistas científicas. Resultados: A epilepsia pode provocar consequências profundas, causando um impacto na qualidade de vida do paciente, devido ao quadro clínico e às limitações impostas pela mesma. Isso gera problemas psicossociais em que o epiléptico pode sofrer rejeição em meio à sociedade, assim como também a superproteção a nível familiar o que de algum modo, resulta no pânico que qualquer indivíduo sente ao perder o controle de si mesmo, sendo de fundamental importância que se esclareça ao paciente os aspectos dessa patologia, assim como também as opções terapêuticas disponíveis. No tratamento da epilepsia, o controle das convulsões é inteiramente eficaz com o uso de antiepilépticos em 50%-80% dos pacientes, sendo os principais fármacos em uso atualmente: Fenitoína, Carbamazepina, Valproato, Gabapentina, Fenobarbital e ainda alguns Benzodiazepínicos. Esses fármacos diminuem a excitabilidade neuronal por meio de vários mecanismos, incluindo bloqueio dos canais voltagem-dependente (Na+ ou Ca2+) e acentuação dos impulsos inibitórios GABAérgicos. Vários fármacos mais modernos estão começando a ser amplamente testados em razão da melhora de efeitos colaterais. Conclusão: Logo, os impactos psicossociais causado pela epilepsia resultam em grande repercussão na qualidade de vida e, tendo em vista que, a obediência ao tratamento farmacológico é a maneira mais utilizada para prevenir as crises convulsivas e suas consequências para a saúde do indivíduo, deve-se tentar obter uma boa adesão ao tratamento prescrito. Neste contexto, ressalta-se a importância do farmacêutico, capaz de promover a proximidade com o paciente e aumentar a confiança ao tratamento escolhido através da atenção farmacêutica e auxiliar no processo de reintegração social.