A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que a amamentação materna exclusiva (AME) deve ocorrer até o 6º mês, uma vez que o leite materno contém os nutrientes essenciais ao pleno desenvolvimento do bebê, além de hormônios e imunoglobulinas que o protegem contra infecções, alergias e outras doenças. O aleitamento materno também traz benefícios à mãe, como rápida perda de peso, menor risco de desenvolvimento de osteoporose, câncer de mama e de colo de útero, além de reforçar os laços afetivos com o seu filho. Porém, a decisão de amamentar, se não é difícil de ser tomada, pode ser concretizada, pois existem dificuldades reais em dar de mamar e o apoio e a ajuda dos profissionais de saúde tornam-se essenciais para que as mães consigam ultrapassá-las. Nesse contexto, os agentes comunitários de saúde (ACS) podem vir a desempenhar um papel de grande importância, já que se encontram inseridos na comunidade diariamente. Este estudo trata-se de um relato de experiência que objetivou descrever as atividades desenvolvidas pelos estudantes pertencentes ao Projeto de extensão AME de uma Instituição de Ensino Superior (IES). Ele foi realizado através de uma oficina de grupo sobre aleitamento materno desenvolvida com os ACSs de uma Equipe da Estratégia Saúde da Família localizada na cidade de Juazeiro do Norte-CE, no decorrer do mês de junho de 2013, na qual se discutiram os benefícios, os mitos e os problemas relacionados à amamentação. No primeiro momento, houve apresentação dos ACS e dos acadêmicos. No segundo momento, foram discutidos os aspectos anatomo-fisiológicos da lactação. Na terceira parte da oficina, discutiu-se sobre os benefícios da amamentação para a mãe e para o bebê. O último momento abordou os mitos e dificuldades encontrados sobre o tema pelos ACS em sua comunidade. Cada um relatou suas experiências e dúvidas foram retiradas. Concluiu-se que, as atividades desenvolvidas durante a oficina contribuíram para o aprimoramento dos conhecimentos dos ACS a respeito de como abordarem o tema Aleitamento Materno junto à comunidade, uma vez que estes tiveram espaço para serem ouvidos, para trocarem experiências e para exporem suas dúvidas e as dificuldades enfrentadas no processo de conscientização das mães a respeito da importância da amamentação. Isso contribuiu para o aumento da autoestima e da confiança, permitindo, assim, que estes profissionais exerçam um melhor acompanhamento das mães adscritas aos territórios abrangidos pelas suas visitas domiciliares.