INTRODUÇÃO: A transição demográfica, epidemiológica e nutricional modificou o processo de saúde e doença a nível mundial. Dentre as doenças crônicas não transmissíveis, a obesidade tornou-se um sério problema de saúde pública, por atingir faixas etárias cada vez mais precoces, possuir caráter epidêmico, e por ser fator de risco para várias doenças crônicas, tais como o diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, depressão e doenças respiratórias. OBJETIVOS: Verificar a distribuição do estado nutricional, de acordo com o sexo, entre adolescentes escolares da rede pública de Campina Grande-PB. MÉTODOS: Estudo transversal, quantitativo, realizado entre setembro e novembro/2012 com 85 adolescentes escolares entre 15 e 19 anos. Avaliou-se o estado nutricional através da circunferência do pescoço, tendo como pontos de corte 28,5 cm a 39 cm para os meninos e de 27 cm a 34,6 cm para as meninas; circunferência do abdômen, sendo considerado como aumentado valores acima de 88 cm para meninas e 102 para os meninos; índice de massa corporal (IMC), sendo o escore-z de IMC-Idade para adolescentes de 10 a 18 anos: baixo peso (&#8805; Escore-z -3 e < Escore-z -2), eutrofia (&#8805; Escore-z -2 e < Escore-z +1), sobrepeso (&#8805;Escore-z +1 e < Escore-z +2), obesidade (&#8805; Escore-z +2). E para os de 19 anos, baixo peso (< 17,5), eutrofia (&#8805; 17,5 e < 25,0), sobrepeso (&#8805; 25,0 e <30), obesidade (&#8805; 30,0). Foi realizada análise descritiva de todas as variáveis, sendo utilizadas as medidas de frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas, e a medida de tendência central utilizada para as variáveis contínuas foi a média. Para estas variáveis também foi testada a distribuição de normalidade, através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Foi considerado um nível de significância de 5% para as análises. RESULTADOS: Quanto ao estado nutricional, encontrou-se 24,7% (n=21) de sobrepeso/obesidade, 71,8% (n=61) de eutrofia e 3,5% (n=3) de baixo peso. A circunferência abdominal e de pescoço esteve alterada em 4,7% (n=4) e 12,9% (n=11) dos 85 adolescentes avaliados, respectivamente. Os meninos apresentaram maiores médias de índice de massa corporal 23,1 kg/m2 (±4,8), circunferência abdominal, 77,8 cm (±13,0) e do pescoço 36,5 cm (±2,6), havendo significância estatística para a média do pescoço (p <0,001). CONCLUSÃO: Dentre as alterações, observou-se maior prevalência para o sobrepeso/obesidade, e a média do IMC, CA e CP foram maiores no sexo masculino.