INTRODUÇÃO: A infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Partindo da ideia de que as infecções hospitalares constituem risco significativo à saúde dos usuários hospitalizados, sua prevenção e controle se tornam imprescindíveis envolvendo ações que contemplam todos os sujeitos envolvidos no contexto hospitalar, desde os responsáveis pela elaboração de normas e rotinas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, até o auxiliar de serviços gerais, responsável por realizar a desinfecção do ambiente hospitalar. Sendo a responsabilidade de prevenir e controlar a IH, individual e coletiva, a enfermagem detêm uma gama de competências que contribuem significativamente na prevenção e controle da IH. OBJETIVOS: Descrever as principais competências da enfermagem, no que diz respeito ao controle e prevenção de infecções hospitalares. METODOLOGIA: Foi utilizada como metodologia a revisão sistemática de artigos publicados em meio eletrônico, nas bases de dados Scielo e LILACS, que deveriam obedecer aos critérios de refinamento: tempo (entre os anos de 2010 e 2013), relevância para o estudo, ser escrito em língua portuguesa e tratar sobre as competências da enfermagem na prevenção e no controle de infecções hospitalares. RESULTADO: É possível observar frequentemente a concepção dos profissionais de que o controle de IH é de responsabilidade das CCIH, dessa forma se excluem da sua responsabilidade pessoal, conferindo um superpoder às comissões, que de fato, isoladamente, pouco podem fazer. Contudo, é possível observar as funções da enfermagem no âmbito da IH, onde destacam-se duas grandes funções, a orientação teórico-prática intermitente à todos os membros da equipe hospitalar e a supervisão do cumprimento de técnicas, normas e rotinas do serviço de saúde. CONCLUSÃO: O controle de infecção hospitalar foi, ao longo dos anos, evoluindo e se evidenciando como um fenômeno que não se restringe apenas ao meio hospitalar, mas, também, a todos os estabelecimentos da área de saúde, nos quais se desenvolvem ações consideradas de risco para o aparecimento das infecções. A mudança de comportamento, no sentido de racionalizar procedimentos e aprimorar normas e rotinas, expressa condição indispensável ao controle de infecção, sendo necessário a motivação dos profissionais, promovendo debates, treinamentos, divulgação de informações. A IH transcende seus aspectos perceptíveis e conhecidos, situando-se em dimensões complexas do cuidado à saúde na sociedade moderna, ambas em constante transformação. Assim, a IH é um evento histórico, social e não apenas biológico, requerendo investimentos científicos, tecnológicos e humanos para a incorporação de medidas de prevenção e controle, sem perder de vista a qualidade do cuidado prestado pela enfermagem.